quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mosaicos


Verborragicamente monossilábico.
Pequenas porções demagógicas e aleatórias me sucumbem ao fracasso e de fato não tenho medo. 
Observo pessoas, leio textos, ouço músicas e automaticamente vou criando meu mosaico de nada.
O que ainda não está finalizado é o que me comove. O que está sendo constituído é um luxo que só os pobres e mesquinhos não percebem.
São peças, trabalhos, sorrisos, estúpidos atos e batidas do órgão CORAÇÃO que move os detalhes da construção humana cotidiana do universo.
Mosaicos de gente, mosaicos de poesia, de lixo auditivo, de besteiras concretas iludem os belos e efêmeros mortais.
E de lance não sei sobre o que ao certo estou falando, mas continuo dizendo, pois minhas palavras são singulares perante o plural que é nascer.
E por isso mesmo a cada segundo de vida respirada nasço novamente a mercê do que me destrói, do que me banaliza em igualdade e me comete.
Perfeito mesmo foi os instantes que esqueci.
Meu mosaico está incompleto e destruído pra sempre.