quarta-feira, 6 de julho de 2011

Me globalizaram e só percebi agora

Que  lugar estou eu no mundo? Que espaço ocupo no meio de tanta coisa, de tanta gente?
Novas tecnologias me engolem e me expelem pro mundo. Cd que já foi vinil virou um pequeno aparelho de MP50 ou sei lá o que. Meus livros preferidos estão saindo em forma de e-book’s. Celulares me cumprimentam na rua. No supermercado encontro poesia enlatada, amor em caixetas, orgasmos em pastilhas tudo etiquetado com um preço com um código de barra. E eu que não quero ficar pra trás compro tudo isso e sem ver faço parte da mídia corporativa do jovem pós-moderno, o jovem filho da geração 90. O jovem que faz parte de 18 redes sociais, tem como melhor amigo seu computador, conhece a cara das pessoas por um monitor 17 polegadas, tela plana. Meu computador me apresenta musicas, textos, poetas, pseudo-intelectuais, pornografias baratas, gírias, piadas, fotos, drogas recreativas, arte surrealista, amigos desconhecidos, futuros namorados, amantes presentes, putas, arte de rua, grafite marginalizado, gordas cantoras, vídeos da moda, tendências de cores. E eu vomito todas essas novidades no meu pequeno espaço perdido de nada. Bem vindos ao mundo da era fudida tecnológica sem sentimentos e sem cara. A revolução acontece dentro do meu quarto. Bem aqui de frente pro meu PC.