terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ausente

Voltei pra noite imunda voltei pro meu corpo. Tinha desaparecido de mim. fui me buscar no infinito, fui me encontrar, fui ser forte me tornei fraco. Foi ser louco, insano. Fiquei nú. Despi-me de conceitos e valores. Vivi até a morte, e depois dela também. Vivo pra morte, sonho com o encontro dela com minha alma. Não há vida sem morte. Não há sonho que não posso ser realizado. Nada é impossível. Minha vida é só o começo da minha morte. Espero-me e me encontro. Abro olhos, ainda estou vivo, ainda nessa procura lastimável. Choro até querer viver de novo. Fui morrer em outro corpo, o meu não era forte o bastante. Fiz-me fraco. Errei duas vezes. Não volto. Fico estagnado no mesmo lugar. Espero-te novamente. A dor é grande a vontade de se ver livre de meu corpo também. Pífio e vulgar. As lágrimas de minha alma são depravadas. Sujo. Voltei pro meu nada. Voltei a ser humano. Voltei a ser quem nunca fui. Voltei pra minha ignorância.